Você sente dor de cabeça com frequência? Saiba que não está só! Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% das pessoas sofrem ou já sofreram com o incômodo. No entanto,  muitas delas  ignoram o desconforto — até mesmo quando dura por muitos dias —, mas fica, aqui, um alerta: não faça isso!

Uma dor de cabeça intensa pode ser apenas um resfriado, mas também pode ser um sinal  para alguma condição neurológica grave.

Neste artigo, mostramos em quais casos pode ser necessário marcar uma consulta com um neurologista para, assim, melhorar sua qualidade de vida e diminuir as dores de cabeça. Confira!

 

Saiba diferenciar dor de cabeça da enxaqueca

A dor de cabeça, também chamada de cefaleia, é todo desconforto sentido na região do crânio. Existem mais de 200 tipos de cefaleias, segundo a OMS. Cefaleia tensional, cefaleia em salvas e enxaqueca são alguns exemplos.

De acordo com a Dra. Helena Barbosa, neurologista do Hospital São Lucas, é muito comum as pessoas chamarem qualquer dor de cabeça de enxaqueca. 

“Embora haja essa confusão, existem vários tipos de dores de cabeça diferentes e cada uma tem uma forma mais adequada de ser abordada”, comenta. 

A enxaqueca é uma doença crônica que tem como principal característica a dor de cabeça, que pode ser incapacitante. 

A neurologista lembra que, apesar de não ter cura, a enxaqueca pode ser muito bem controlada com mudanças de hábitos e, algumas vezes, com o auxílio de medicamentos.

A Sociedade Brasileira de Cefaleia criou um teste, chamado de “impacto da dor de cabeça”. Trata-se de um questionário elaborado para lhe ajudar a descrever e informar a maneira como você se sente e o que não pode fazer por causa de suas dores de cabeça. Para acessá-lo, clique aqui.

 

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Problemas tratados pelo neurologista 

Segundo a Dra. Helena Barbosa, a Neurologia trata os distúrbios do sistema nervoso.

“Isso inclui não só o cérebro e outras estruturas dentro do crânio, mas também o sistema nervoso periférico e autônomo”, explica! 

Em uma avaliação de cefaleia, não somente nervos mas estruturas como vasos e músculos também podem estar envolvidos na origem da dor. 

Embora a dor de cabeça possa ter uma origem primária, ela também pode estar associada a outras doenças neurológicas, as quais listamos abaixo:

  • Epilepsia;
  • Esclerose múltipla;
  • Esclerose lateral amiotrófica;
  • Neuropatia periférica;
  • Nervos comprimidos;
  • Convulsões; 
  • Distúrbios da consciência e da memória prejudicados;
  • Distúrbios do sono;
  • Dor nas costas;
  • Dores de cabeça e enxaquecas;
  • Vertigem;
  • Síndrome da perna inquieta;
  • Mal de Parkinson;
  • Doença de Alzheimer;
  • Lesão ou infecção no cérebro e na medula espinhal;
  • Tumor e hemorragia cerebral;
  • Acidente vascular encefálico;
  • Doenças dos nervos e raízes nervosas, como síndrome do túnel do carpo e problemas no disco intervertebral;
  • Polineuropatia;
  • Entre outras. 

Pessoas que possuem algum dessas doenças, na vigência de uma dor de cabeça intensa, devem procurar um neurologista.

 

Com quais sintomas devo me preocupar?

Em se tratando de cefaleia, sintomas como uma dor muito forte — nunca antes vivenciada —, também referida por especialistas como “a pior dor da vida” ou alguns sintomas associados, que incluem:

  • Febre;
  • Perda de força em algum membro;
  • Perda da visão;
  • Rigidez cervical; 
  • Entre outros.

Todos esses sintomas indicam a necessidade da avaliação de um médico. 

 

Como é o exame?

O exame neurológico, chamado cefaliátrico, tem diversas etapas e técnicas. Segundo a Dra. Helena Barbosa, ele

“inclui a avaliação detalhada de estruturas que podem se relacionar com a causa da dor de cabeça, além do exame físico e uma anamnese pormenorizada de fatores biopsicossociais que podem contribuir indiretamente para a origem ou a manutenção da cefaleia”, afirma. 

É importante esclarecer que, se sua dor de cabeça está interferindo em suas atividades do dia a dia, procure um neurologista para um diagnóstico correto e não tome medicamentos sem orientação médica. 

 

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