Se você sofre com sangramentos menstruais de difícil controle, cólicas frequentes, não tem mais desejo de ter filho, saiba que essas complicações e várias doenças, como miomas, câncer de colo do útero e outros, têm como tratamento a histerectomia, cirurgia ginecológica de retirada do útero.
Veja com mais detalhes quais são os motivos que podem levar a mulher a recorrer à remoção do útero lendo este texto até o fim. Falamos também de que maneira a cirurgia pode ser feita, como é a recuperação e quais os efeitos para o organismo, após o procedimento. Acompanhe!
Para quem a cirurgia de retirada do útero é indicada?
A cirurgia de retirada do útero é indicada para mulheres diagnosticadas com câncer de colo do útero em estágio inicial e câncer nos ovários. É indicada ainda para pacientes que apresentem, miomas, hemorragias, endometriose grave e prolapso uterino.
A cirurgia é realizada em casos onde tratamentos clínicos não são bem-sucedidos levando consequentemente a remoção do útero, frequentemente das trompas e possivelmente dos ovários. Mas, dependerá de quais órgãos são afetados e do tipo de histerectomia escolhida na avaliação médica.
Quais são os tipos de cirurgia utilizadas?
São 3 tipos de histerectomia, escolhidas de acordo com a necessidade de cada paciente e com o objetivo da cirurgia:
- Histerectomia total: retirada completa do útero;
- Histerectomia subtotal: o colo do útero é preservado;
- Histerectomia radical: são retirados o útero, o colo do útero, a região superior da vagina e parte dos tecidos ao redor desses órgãos. Ela é utilizada em casos de câncer.
Todas esses tipos de histerectomia podem ser realizadas utilizando diferentes técnicas, que explicamos detalhadamente a seguir. Confira!
Como a cirurgia de retirada do útero é feita?
A cirurgia de retirada de útero pode ser feita de quatro maneiras diferentes. São elas:
- Histerectomia abdominal total: o abdômen é cortado, similar a cesariana.
- Histerectomia vaginal: o corte é feito na vagina.
- Histerectomia laparoscópica: são feitos cortes no umbigo ou na vagina.
- Histerectomia robótica: é realizada da mesma maneira que a laparoscópica, mas utiliza-se tecnologia robótica para auxiliar o cirurgião.
A cirurgia mais comum é a abdominal total, porque ela oferece ao cirurgião melhor visualização da área a ser operada, facilitando assim a identificação dos tecidos e órgãos afetados pela doença especialmente em úteros de tamanho aumentado. Mas, é importante observar que o médico irá tomar a decisão de acordo com cada caso.
Quais são os cuidados antes e depois da histerectomia?
Antes da cirurgia são feitos vários exames, além da avaliação pré-anestésica. Caso seja detectada alguma alteração (anemia, infecção urinária, etc), tenta-se resolver o problema antes de operar para, assim, diminuir o risco de complicações.
Após a cirurgia é necessário seguir com alguns cuidados pontuais:
- Durante o repouso, evitar pegar peso, fazer atividades físicas ou movimentos muito bruscos, pelo período recomendado pelo médico;
- Evitar relações sexuais, no período orientado pelo médico;
- Caminhar pela casa ao longo do dia, de maneira leve, evitando ficar o tempo todo deitada, para melhorar a circulação e evitar trombose.
Como é a recuperação?
Geralmente, recomenda-se dois dias de permanência hospitalar e quarenta e cinco dias para retorno ao trabalho. Mas pode variar conforme a técnica cirúrgica utilizada e as individualidades de cada paciente.
Se compararmos com a recuperação após um parto cesariana, por exemplo, pode ser um pouco mais demorado.
O que muda depois da cirurgia?
Fisicamente não há diferença significativa do antes para o depois da cirurgia de retirada do útero, exceto se o útero for muito grande, levando a uma diminuição do volume abdominal após a cirurgia.
As principais mudanças físicas são as cicatrizes, que podem gerar alguma alteração temporária da sensibilidade local.
Quem faz histerectomia não apresenta mais menstruações, porém os ovários normalmente são preservados, de modo que a produção hormonal se mantém normal. Por isso não se espera ganho de peso, perda de peso, nem mudanças no desejo sexual.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre a cirurgia de retirada do útero, talvez seja o momento de entender como fazer uma cirurgia sem ter plano de saúde.